terça-feira, 13 de março de 2012

VIRTUDES DE NOVA FROTA NÃO EVITAM DESGASTE DO SISTEMA DE CURITIBA


VIRTUDES DE NOVA FROTA NÃO EVITAM DESGASTE DO SISTEMA DE CURITIBA


REDUÇÃO DE 100 TONELADAS DE POLUENTES É MÉRITO DO FABRICANTE, E NÃO DO SISTEMA DE ÔNIBUS DA CAPITAL PARANAENSE

O sistema de ônibus de Curitiba, dentro daquele modelo tecnocrático lançado em 1974, está em franco processo de desgaste. Evidentemente, as pessoas parecem não se dar conta disso, sobretudo as elites que não andam de ônibus na capital do Paraná. (Está tão desgastado que Bogotá usa o mesmo sistema, o Rio de Janeiro quer adotar, e Niterói também fará o mesmo!)


Depois que se preveu um colapso no setor, a renovação de frota, tendenciosa, feita em duas etapas, não evita que a saturação do modelo tecnocrático de Jaime Lerner, que se baseia em padronização visual e no poder concentrado do Estado, aconteça e se agrave. (Novamente seu problema é com a padronização de pinturas? E, pera aí, o sistema de transportes é responsabilidade do Estado, não? Logo, se é responsabilidade do Estado e ele o delega a particulares, nada mais certo que o Estado ter o direito e o dever de concentrar o poder de fiscalizar. Ou você prefere que os empresários mandem e desmandem?)


Mas como existem elites envolvidas, os tecnocratas paranaenses tentam dar a impressão contrária, mas é bom notar que não existem políticos progressistas na política paranaense, polarizada entre dois grupos conservadores, o de Roberto Requião (PMDB) e Beto Richa (PSDB).


Por isso, a "festa" da renovação da frota, que de fato trouxe ônibus melhores, no entanto foi uma medida mais para "salvar" um modelo desgastado do que para trazer melhorias ou aperfeiçoar um sistema que já deu o que tinha que dar. (Renovação de frota que não trouxa nenhuma novidade que "salvasse" o sistema. Se estivesse tão ruim assim, modificariam o mesmo completamente, porém o que se fez foi apenas renovar a frota, trocando veículos antigos por novos, se mantendo todo o resto igual.)


Um reflexo disso foi o vandalismo feito por torcedores de futebol em vários ônibus novos na cidade. Embora seja um ato irracional e condenável, ele é reflexo da indignação popular contra o caráter anti-democrático do sistema. (Logo, o carioca nasceu revoltado desde que o mundo é mundo, não? Porque desde sempre o ônibus é vandalizado no Rio. E desculpe, NUNCA foi por causa de nenhum caráter antidemocrático do sistema, e sim por pura FALTA DE EDUCAÇÃO do povo. Na sua pobre mente, tudo que o passageiro faz é forma de protesto?)


A redução de poluição, anunciada recentemente, de 100 toneladas de poluentes nas ruas da Região Metropolitana de Curitiba, não pode ser entendida como um mérito do sistema, mas dos fabricantes de ônibus e seus engenheiros, que produziram ônibus para esse fim. (Alguém falou que o responsável pela redução foi a URBS? Foi consequência da renovação, mais nada.)


Quanto à padronização visual, já existem alternativas que viabilizem tanto a divulgação da identidade visual da empresa quanto do serviço que ela presta (tipo Interbairros, Biarticulado etc). As bandeiras digitais já possibilitam informar aos passageiros o serviço que corresponde tal linha, podendo cada empresa exibir sua respectiva identidade visual sem problemas. (Ótimo. Se você admite que o passageiro DEVE LER a vista do ônibus, pra que pintura? É só ler "232 LINS" que você sabe que aquele é seu ônibus, seja ele branco, preto, rosa ou multicolorido. Querido, ônibus se pega pelo número, não pela cor!)


Neste sentido, Florianópolis dá uma boa lição na capital paranaense. Mas o projeto tecnocrático de transporte urbano de Jaime Lerner precisa ser "mantido" pelo menos até a Copa de 2014. Desgastar esse modelo seria uma forma de comprometer o poderio "secular" de uma geração de tecnocratas pseudo-progressistas, mas claramente contrários ao interesse público. (Discursinho comunista chato esse seu, hein! O que Florianópolis tem a mais que Curitiba? Só porque seus ônibus são coloridos o sistema é melhor? Me poupe, vai!)


Jaime Lerner precisa chegar "inteiro" para ser exibido para os "cartolas" da Fifa, para daqui a dois anos. Enquanto isso, o povo curitibano já sente o desgaste do transporte coletivo. (E o povo do Rio e Niterói não sente o desgaste há anos, também? E isso porque nem temos um projeto do Jaime Lerner. Vai me dizer que só o projeto de mobilidade do Jaime Lerner é que se desgasta? Você é que nem burro, quando empaca, não sai mais! Pegou implicância comunista com o cara e só sabe criticar tudo que ele faz! E faz isso não só com ele, mas com outros busólogos, como você!)

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